Aprenda a reduzir a ansiedade, e a viver de forma mais satisfatória
Saúde e Bem-Estar 22/09/2016

Aprenda a reduzir a ansiedade, e a viver de forma mais satisfatória

Miguel Lucas Publicado por Miguel Lucas

A ansiedade é na atualidade um dos transtornos que mais nos afeta. Os efeitos da ansiedade são visíveis em toda parte, interferindo com a nossa felicidade, bem-estar, produtividade e equilíbrio emocional. A ansiedade prejudica o relacionamento com as outras pessoas, mina a nossa energia, reduz o nosso foco, diminui as nossas habilidades e capacidades, enfraquecendo a resistência a algumas doenças. Todos nós em alguma altura das nossas vidas  sentimos os sintomas negativos da ansiedade, o impacto mais ou menos prejudicial está na forma como lidamos com a ansiedade significativa, num ponto ou noutro, e alguns de nós com mais frequência do que outros.

A principal causa da ansiedade e a mais óbvia é a incerteza. Nós entendemos o mundo pela forma como nos movemos no mesmo, pela maneira como as pessoas reagem à nossa interação e pela forma como afetamos e somos afetados pelo que nos rodeia. Qualquer mudança significativa que coloca em causa a nossa forma de olharmos o mundo, a nós mesmos e aos outros, como um desastre natural, a perda de um emprego, uma morte ou uma grande mudança no nosso bem-estar físico e emocional, perturba a nossa noção da realidade.

Dizemos algo do género: “Isto não está acontecendo comigo!”

QUANDO A ADAPTAÇÃO SE TORNA DIFÍCIL

Quando a visão que temos do mundo muda de repente, o nosso senso de quem somos e do controle que temos sobre a nossa vida deixa de se encaixar de acordo com aquilo que passámos a enfrentar. Quando a vida decorre de forma previsível, estável e sem grandes contratempos, temos a sensação que caminhamos numa determinada direção e que nos estamos a impulsionar. Representamos vários papéis, somos pais, cônjuges, pessoas com empregos, vizinhos que ajudam os outros vizinhos, atletas, entre outros. Por vezes, de um momento para o outro esses papéis são substancialmente alteradas ou deixam de funcionar de uma maneira que possam fazer sentido.

Hoje saímos com os amigos e recebemos um aumento. Amanhã recebemos uma notícia de perda de alguém ou de alguma coisa. Um acidente deixa-nos incapacitados, ou a nossa empresa fechou. Quando o nosso senso do que é habitual, confortável e nos promove bem-estar é interrompido, podemos aumentar o nosso grau de incerteza, consequentemente, ficamos profundamente ansiosos.

Tanta coisa passa a ser diferente e não sabemos como vamos restabelecer-nos em meio a essa diferença. Deixamos de saber como nos relacionarmos com o mundo que nos rodeia. Lutamos para encontrar o nosso caminho, para dar sentido ao que agora podemos fazer. Quando muita coisa muda, ou alguns dos acontecimentos são sentidos com um grande impacto funcional na nossa vida e consequentemente emocional, por vezes, ficamos temporariamente sem saber como nos restabelecermos face à mudança. Sentimos extrema dificuldade em adaptar-nos e vimos a nossa relação com o mundo afetada negativamente.

ataque ansiedade

A ANSIEDADE É CIRCUNSTANCIAL

Na minha prática profissional tenho vindo a constatar que uma elevada percentagem das pessoas que atendo em consulta (aponto para 75%) não apresentam nenhuma condição específica na sua vida que possa ser considerada um transtorno psicológico, de acordo com o DSM-IV (Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais). Aquilo que tenho verificado é que as pessoas sentem alguns problemas pessoais na sua vida, estes estabelecem uma forte relação com os acontecimentos que a pessoa desenrola nos diferentes papéis que representa.

O seu bem-estar emocional fica afetado devido, por exemplo a problemas no relacionamento, situações preocupantes com os filhos, situações stressantes no local de trabalho, uma doença súbita, morte de um ente querido, escassez de recursos financeiros, entre outros. Perante algum destes cenários ou até mesmo mais do que um, a pessoa sofre um abalo na sua estrutura mental, sentido algum tipo de transtorno oriundo de um difícil período de adaptação que enfrenta.

Usualmente, os disparos emocionais acionam a ansiedade que é sentida de duas formas. Uma é no corpo, através de sintomas físicos de mal-estar, como: sudação, batimento cardíaco acelerado, tensão nas zonas do pescoço e ombros, tremores, agitação, incómodo no estômago, fala acelerada, falta de ar, respiração curta, claustrofobia, entre outros. A outra forma é sentida em termos cognitivos (pensamento), a pessoa passa a preocupar-se de forma excessiva e recorrente na tentativa de rapidamente restabelecer o equilíbrio na sua vida.

É nesta tentativa, através da organização dos seus pensamentos na procura da solução que os caminhos podem ser tortuosos. A pessoa pode incorrer num processamento da informação nada abonatório, entrando num ciclo de negatividade que a empurra pouco a pouco para uma situação de desesperança. Neste momento a pessoa pode começar a deprimir, a catastrofizar, a perder o ímpeto para a ação e cair em depressão.

Nem sempre acontece desta forma, e felizmente muitas são as pessoas que depois do abalo conseguem reestruturar-se, reajustar-se e com o tempo reduzir os níveis incomodativos de ansiedade. O pensamento torna-se mais claro, a pessoa capacita-se e recorre a uma atitude positiva.

ADAPTAÇÃO ÀS CIRCUNSTÂNCIAS

Cada pessoa tem a sua forma de responder aos eventos de elevado impacto. Cada pessoa lida de forma diferente com as situações que requerem mais da sua atenção e dedicação. Mas, quando o incómodo se instala e muita coisa passa a ser diferente não sabendo como vamos restabelecer-nos face a essa diferença, medidas diferentes necessitam de ser tomadas. Quando não sabemos como nos relacionar com o mundo que nos rodeia, quando lutamos para encontrar o nosso caminho e dar sentido à vida, o quer pode ser feito?

Temos de ganhar a noção que independentemente de podermos estar a enfrentar sintomas da ansiedade ou eventualmente a desenvolver algum transtorno de ansiedade, como transtorno de ansiedade generalizada, ataques de pânico, fobia social, transtorno pós-traumático, transtorno obsessivo-compulsivo ou algum tipo de fobia, ou até mesmo algum tipo de dependências, como álcool, drogas, sexo e jogo, por certo estaremos a passar por uma fase difícil de adaptação às circunstâncias. E, são exatamente as circunstâncias que a pessoa deverá levar em consideração para mais facilmente perceber e aceitar algum do incómodo físico e emocional que sente.

Esclarecimento: Usualmente a pessoa, sente sintomas “diferentes”, pensamentos “diferentes” perante situações e acontecimentos diferentes que estão a acontecer na sua vida. E, estes devem ser encarados com naturalidade. Perante determinadas circunstâncias os transtornos sentidos são comuns de acontecerem. Você é alguém “normal” a enfrentar circunstâncias desconhecidas e a ter respostas que o seu corpo e mente está preparado para ter, mas que você desconhece.

Os nossos amigos, as nossas famílias e alguns profissionais de saúde tendem a catalogar de forma patológica as nossas reações ao verem os comportamentos que fazem disparar a ansiedade (cognitiva e física). É benéfico que você ganhe compreensão acerca do que se passa consigo.  Se você está a passar por uma situação desagradável na sua vida, e sente isso em forma de ansiedade, levando-o a ter pensamentos negativos acerca de si ou do seu futuro, mais do que nunca é preciso esclarecer-se. É preciso ter alguma paciência, entendimento e apoio para conseguir lidar com isso, pelo menos por um tempo aceitável, de forma eficaz e adequada.

mulher ansiedade

À ESPERA DE UM MILAGRE

O que por vezes acontece, é que a pessoa está em sofrimento mas ainda assim espera que de forma milagrosa e sem a sua dedicação e envolvimento que tudo volte a ser como antigamente. A pessoa sente-se mal e abalada, mas por vezes nada faz para voltar a erguer-se e a restabelecer o equilíbrio emocional. Falo com conhecimento de causa. Aqui mesmo no meu blog, muitas pessoas me contatam expressando o seu sofrimento, dizendo que “supostamente” querem resolver o seu problema. Sentem-se infelizes, sem conseguir avançar nos seus objetivos, sem propósito de vida. Afetaram as suas escolhas, evitando alguns empregos, projetos, não fizeram faculdade, não promovem um relacionamento, isolam-se, no fundo vêem a sua vida tremendamente limitada e afetada em várias áreas. Mas, ainda assim pouco ou nada fazem para melhorarem.

O que se passará com todas as pessoas que sofrem, desnecessariamente?

Digo desnecessariamente, dado que na atualidade existem diversas formas eficazes de reduzir ou eliminar o sofrimento físico e emocional provocado pelos problemas pessoais que incorrem em problemas psicológicos.

Mas porque razão as pessoas não se comprometem com  a sua melhoria?

Muitas serão as razões, umas apontarão para a desilusão com as experiências de tratamento ou ajuda profissional, outras serão de ordem pessoal. O que é certo é que o sofrimento abunda quase de forma “negligente”. Se o leitor se encontra numa situação idêntica, o meu objetivo não é censurá-lo, denegri-lo ou criticá-lo de forma pejorativa. Pelo contrário, pretendo passar informação que você possa filtrar, e se for o caso, ponderar sobre o assunto.

Abordei este assunto de forma mais aprofundada  no artigo: Existe esperança depois da derrocada e fracasso. Espalhe a palavra

Por exemplo, do ponto de vista financeiro, a justificação de falta de dinheiro como razão para não procurar ajuda, apoio ou aconselhamento para a grande maioria das pessoas pode ser ilusória. Se a pessoa relata não progredir na sua carreira por medos que possui, não cursa na área que pretende por sentimentos de incapacidade ou dificuldades, não investe em si mesma por ter uma baixa autoestima, falta constantemente ao trabalho por dificuldades de concentração e labilidade emocional.

Tem no fundo um tremendo prejuízo económico associado à sua situação, e consequentemente por vezes já mandou a toalha ao chão ou está prestes a mandar. A sua vida começa a perder o sentido. No entanto, devido a uma questão financeira (que poderia posteriormente melhorar) teima em não resolver o seu problema, restabelecer-se e tomar a vida nas suas mãos.

O que está de errado neste cenário?

Julgo que uma enorme falta de visão e prioridade. Se o estado em que me encontro afeta em larga escala tudo o que eu faço, e assim irá continuar a evoluir negativamente, então eu devo tentar perceber o que é prioritário. O que é prioritário é encontrar uma forma da pessoa melhorar o estado em que se encontra, para depois melhorar a situação que a incomoda. Se você não estiver bem, física e emocionalmente, com mais dificuldade irá conseguir restabelecer-se.

TER A NOÇÃO DO QUÃO A VIDA ESTÁ A SER AFETADA

Numa primeira fase, na fase aguda da situação, em que existe alguma confusão na identificação do que está a acontecer e em que grau a pessoa está a ser afetada, é natural que a pessoa se sinta mal, e não reaja prontamente. Na generalidade, temos sempre a esperança que as coisas se recomponham sem grande esforço e dedicação da nossa parte. No entanto, numa fase posterior os prejuízos da alteração incapacitante do nosso estado começa a fazer emergir os danos colaterais.

A irritabilidade instala-se a tolerância à frustração diminui, a energia diminui, a capacidade de lidar com imensas coisas ao mesmo tempo esgota-se, e a noção da grandeza do problema instala-se. As perguntas começam a surgir:

  • “Mas o que se passa comigo? Eu não era assim!”
  • “Estarei a perder capacidades?”
  • “Porque isto tinha de acontecer logo agora?”
  • “A vida é injusta”
  • “Espero que com o tempo isto passe”
  • “Eu até ando bem, mas quando sinto medo vindo do nada, tudo em mim dispara”
  • “Estou farto de andar assim”
  • “Será que nunca mais me vou sentir bem?”

As perguntas são mais que muitas e vão mudando o seu conteúdo, usualmente aumentando o grau de desespero e indignação. É nesse exato momento, quando a pessoa toma noção do quão a vida está a ser afetada que deve tomar alguma medida no sentido de entender o que pode fazer, ou ser feito para enquadrar a situação que atravessa e começar a lidar com a situação de uma forma esperançosa e positiva.

homem ansiedade

PASSAR À AÇÃO

Depois da pessoa perceber o quão a situação em que se encontra a incomoda e afeta, deve passar à ação. Muitas pessoas não conseguem sair da sua indignação e estado incapacitante. Parece que de forma passiva se acostumam a estar numa situação caótica e iniciam um calvário de justificações (por vezes inteligentes) que as mantém num estado crónico de ansiedade. É preciso que a pessoa se focalize naquilo que pretende, no que quer melhorar e no que pretende fazer para solucionar o estado em que se encontra. É necessário pensar de forma positiva, adotar uma atitude positiva e fazer o quer pode ser feito.

Expliquei este assunto de forma mais aprofundada  nos artigos:

Por vezes o que impede a pessoa de encarar com naturalidade o fato de estar a enfrentar um problema pessoal que desencadeia alguns problemas psicológicos, é o ataque sentido ao seu ego. Como se ter um problema que lhe afeta o seu equilíbrio emocional fosse “crime” como se fosse alvo de censura por parte dos outros. A pessoa pode sentir-se inferiorizada por assumir que está a ter problemas que afetam a forma como pensa e age, e consequentemente ver isso como um estigma.

Por vezes o estigma é construído pela própria pessoa, crítica-se a ela mesmo de forma severa. Como é evidente, ao ter a percepção de um quadro autodepreciativo, de inferioridade e crítica negativa acerca das suas capacidades, irá sabotador as possibilidades de melhoria e de ativamente responsabilizar-se por fazer coisas para melhorar.

Passar à ação, aceitando as circunstâncias e o mal-estar físico e emocional daí advindo é um passo importante para uma clarificação realista e otimista do que pode fazer para ultrapassar os problemas menos bons que está a viver.

Expliquei este assunto de forma  mais profunda  nos artigos:

ANSIEDADE É UM DENOMINADOR COMUM

Perante uma situação problemática ou na presença da mudança, usualmente a ansiedade faz-se sentir. Nem sempre a ansiedade é prejudicial. Pelo contrário, em muitas situações da nossa vida a ansiedade é bem-vinda, principalmente quando nos alerta, nos protege e nos motiva a avançar perante os desafios impostos ou promovidos por nós mesmos. Existem portanto, dois pólos da ansiedade, um positivo e outro negativo.

A ansiedade e os seus efeitos positivos e negativos estabelecem uma forte relação com as avaliações que fazemos acerca do que estamos a viver, a pensar e, da forma como pretendemos lidar com a situação em mãos. É, então necessário a nossa percepção das coisas para usarmos a ansiedade a nosso favor ou contra nós. Ou, em última análise, pelo menos entendermos a sua funcionalidade minimizando os danos colaterais.

Estamos preparados para sentir um alargado leque de sensações corporais, algumas delas bastante incómodas e aflitivas. Fazem disparar a nossa atenção, tornamo-nos hipervigilantes sobre o que pode estar a ocorrer no nosso corpo e associamos isso ao medo. Ao medo de que algo de errado pode estar a acontecer connosco. É perante este cenário que a ansiedade toma proporções elevadas, podendo emergir nas várias formas de transtornos de ansiedade e muitas vezes associados com a depressão.

Acresce a este fato, as eventuais circunstâncias desfavoráveis que a pessoa possa estar a enfrentar. O problema aumenta, torna-se um problema com duas frentes. Uma frente que estabelece relação com as nossas atividades do dia-a-dia e respetivos papéis que desempenhamos. E a outra frente, estabelece relação com as sensações incómodas que sentimos e consequentes pensamentos. Por vezes, estes pensamentos são negativos e expressam-se na forma de preocupações exageradas e também em ruminações.

Estas duas frentes em que operamos a nossa vida afetam a forma como nos comportamos. Situação, pensamentos e comportamentos exercem uma força negativa imensa, ultrapassando por vezes a nossa capacidade de resposta. É nesta situação que usualmente dizemos que a nossa vida está um caos. Sentimo-nos em stress constante. O desgaste instalado é enorme e a nossa capacidade de adaptação diminui drasticamente. Este é um exemplo do ciclo negativo da ansiedade.

Descrição de um processo ansioso: Os estímulos que fazem disparar a ansiedade surgem a todo o momento, emaranham-se em nós mesmos. A ansiedade faz-se sentir fisicamente e psicologicamente. Os músculos ficam tensos. Os ombros ficam tensos. Os maxilares cerram-se. A testa engelha. O nosso cérebro começa a produzir padrões rígidos de resposta. A flexibilidade de pensamento diminui. A ansiedade cresce. Lidamos com todas estas alterações sentidas no nosso corpo, tornando-nos mais e mais alerta. Há uma sensação generalizada, mas indefinida de que algo está errado e prestes a ficar muito pior, a menos que “façamos algo”. Nós não sabemos o que fazer exatamente e aumentamos a vigilância sobre o ambiente que nos rodeia e sobre nós mesmos, enquanto tentamos descobrir o que devemos fazer. Nós respondemos aumentando o grau de atenção, porque acreditamos que se prestarmos mais atenção e anteciparmos o que pode dar errado, a ameaça desconhecida será evitada. O problema com esta abordagem, é claro, é que quanto mais alerta nos tornarmos, mais susceptíveis à estimulação ansiosa nos expomos, e assim, com mais ansiedade ficamos. Não o inverso. Não é prevenindo-nos da ameaça indefinida que nos ajudamos. Em primeiro lugar, o que nos ajuda é a redução do estímulo que iniciou a cascata negativa de sintomas, pensamentos e comportamentos de evitamento.

Se este cenário lhe parece comum, e pretende entender como pode lidar de forma construtiva com a sua ansiedade, leia: Sofre de ansiedade? Perceba porquê! e 5 Estratégias para aliviar a ansiedade

Vivemos numa cultura que está constantemente estimulando-nos e desafiando-nos a avançar para novas experiências e objetivos. Estas fontes de estímulo constante podem tornar-se viciantes. Aprendemos pela experiência e pelo hábito a ficar alerta e a estarmos ansiosos. Porque reagirmos aos estímulos que fazem disparar a ansiedade se tornou um hábito, reduzir a estimulação pode, num primeiro momento, ser desconfortável. Um excelente antídoto à elevada estimulação provocada pela ansiedade é a prática de técnicas de relaxamento ou de atividades que apelem à calma e tranquilidade.

Se pretende aprender algumas técnicas de relaxamento, leia: 10 Técnicas poderosas de relaxamento

Pode ainda beneficiar de uma seleção de músicas que o meu amigo Luciano Larrosa da Escola Freelancer compilou para usar depois de um dia stressante: As 18 melhores músicas para relaxar depois do trabalho

DECIDA-SE A RESOLVER O SEU SOFRIMENTO

Como tenho vindo a transmitir, muitas pessoas sofrem desnecessariamente. Claro que têm toda a legitimidade para se sentirem mal, desagradados e incomodados com os problemas que possam estar a ter. E alguns deles bastante aniquiladores do bem-estar. E obviamente que no período agudo, em que a situações se impõem de forma atroz, a pessoa sofre. O que pretendo transmitir é que numa fase posterior, por vezes a pessoa acomoda-se ao seu problema, queixando-se dele, mas passivamente nada fazendo para alterar a situação para melhor.

Por vezes até tem a atitude correta, pelo menos durante uma curta fase, a sua atitude é positiva. Esforça-se, diz a si mesmo que está a fazer algo para sair do estado em que se encontra. Mas, se o retorno não aparece rapidamente, a pessoa vai perdendo o ímpeto. Vai desmoralizando, julgando que nada mais pode fazer. Por vezes a pessoa tem uma boa atitude, mas por desconhecimento mais técnico, a estratégia aplicada não serve, não é adequada. A pessoa prende-se ao resultado negativo, e desiste de forma intencional, desiste de propor-se a procurar novas formas de resolver a sua situação.

“Eu queria muito melhorar, mas não consigo. Já não dá mesmo, tenho de me acostumar a estar assim.”

Esta é uma falsa verdade. Na atualidade existem algumas abordagens possíveis de se obter bons resultados. Em muitos dos artigos que escrevi sobre a ansiedade, tenho apresentado formas que podem contribuir eficazmente para diminuir os sintomas da ansiedade e igualmente a lidar melhor com os problemas pessoais.

Como por exemplo, nos artigos:

Aqui mesmo, no meu site pode ter o meu apoio profissional. Referi de forma mais pormenorizada como pode fazê-lo, no artigo =>> Consultas online para o tratamento da ansiedade

Você pode não entender ou aceitar a sua exaustão quando se esforça para restabelecer o seu equilíbrio. Eventualmente não está a conseguir realizar as suas expectativas de melhoria, experimentando frustração e confusão, julgando-se duramente na tentativa de encontrar um padrão que não é realista. Essa lacuna entre o que consegue fazer e o que sente que deve fazer, produz ainda mais ansiedade.

Seja honesto consigo mesmo, aceitando as suas capacidades e limitações durante todo o processo de reduzir a ansiedade e solucionar o problema que enfrenta, e comunique claramente a si mesmo e às pessoas ao seu redor que existem habilidades, estratégias e técnicas para lidar com a situação e com a ansiedade, e que isso pode ser aprendido.

Não deixe o seu mal-estar arrastar-se. Atue em tempo útil e evite transformar a sua vida num mar de lamentações.

 

Abraço,

Miguel Lucas

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