Força de vontade: Uma decisão que depende de nós
Motivação 22/09/2016

Força de vontade: Uma decisão que depende de nós

Miguel Lucas Publicado por Miguel Lucas

Não consigo dizer ao certo quantas pessoas me disseram que não possuíam força de vontade ou poder pessoal.Você pensa da mesma maneira? Se pensar que não tem vontade própria ou poder pessoal, estará a sabotar o seu próprio sucesso.  Todas as pessoas têm força de vontade. Ao ler este artigo já possui força de vontade. O primeiro passo para a aceitação é admitir que também tem força de vontade e consequentemente poder pessoal. A única coisa que pode diferenciar você de uma outra pessoa é a intensidade, frequência e duração da sua força de vontade.

Todos temos força de vontade

Pondere sobre o seguinte exemplo: Se alguém lhe pedir para levantar uma barra com pesos que estão no chão à sua frente e perceber que não consegue levantar, certamente não dirá: ” Eu não tenho força.” Irá dizer: “Eu não tenho força suficiente para levantar isso.”

Não ser forte o suficiente é o tipo de linguagem mais apropriado, porque isso implica que poderá vir a ser suficientemente forte se trabalhar e esforçar-se para isso. Isto implica forçosamente que você tem força. É exactamente o mesmo para a força de vontade. Claro que você tem força de vontade. Quando você aceita um pedaço de chocolate, não é porque não possui força de vontade. É apenas porque você escolheu não exercitar esse poder nesse exacto momento.

O primeiro passo na construção e reforço da sua força de vontade, é celebrar o facto que você possui essa força. Você tem força de vontade, tal qual tem músculos nos braços para levantar alguns pesos.

O Segundo passo é perceber que a sua força de vontade, tal como os músculos no seu braço, está ai para ser desenvolvida. você tem a capacidade para torná-la mais forte ou deixá-la atrofiar.

A reter: Tudo depende de si, a força de vontade é um processo energético interno.

Um dos motivos pelo qual me alistei numa tropa de elite como os fuzileiros, foi a intenção de me ensinar a desenvolver auto-disciplina. No início da recruta não percebi este conceito na totalidade, não estando ciente do quanto “eu” não contribuía para a minha auto-disciplina. Pensei que que a disciplina ia-me ser dada por alguém. Rapidamente percebi que os outros não nos dão força de vontade e auto-disciplina. Se quis ultrapassar as dificuldades e vencer os obstáculos, tinha de conseguir por mim.

Dica: Nada acontece até nós termos a vontade de fazer as coisas acontecerem.

Força de vontade = atitude face à vida

Propormo-nos a fazer algumas coisas quando menos desejamos, colocar mais energia e vontade em algumas acções rotineiras, tentar perceber como podemos retirar mais satisfação de algo que nos tem aborrecido, aprender sempre alguma coisa, mesmo quando a matéria é chata, depende sempre da atitude que cada um de nós tem face à vida. Que tipo e grau de envolvimento queremos ter e dar às coisas, as muito significativas e as menos significativas? A decisão de resposta a este tipo de questões, coloca-nos frente a frente com o nosso grau de vontade.

De 0-10 qual acha ser o seu grau de vontade? Esta é uma pergunta de difícil resposta, dado que temos sempre de estabelecer um alvo para a nossa “seta” da vontade.

Estabeleça inicialmente por grau de prioridade algumas das coisas que gosta muito e  quantifique-as em grau de vontade numa escala de 0-10.

Por exemplo:

  • Que vontade tenho para escrever?
  • Que vontade tenho para ler?
  • Que vontade tenho para fazer exercício físico
  • Que vontade tenho para ajudar o meu filho com os trabalhos da escola

Agora, estabeleça uma lista por grau de prioridade algumas coisas que não gosta, lhe são difíceis ou chatas, mas que são necessárias fazer e quantifique-as em grau de vontade numa escala de 0-10.

Por exemplo:

  • Que vontade tenho para lavar a loiça
  • Que vontade tenho para lavar o carro
  • Que vontade tenho para terminar o relatório de vendas
  • Que vontade tenho para acordar cedo e ir correr
  • Que vontade tenho para trabalhar mais horas

Naturalmente este exercício coloca-o mais ciente das coisas para as quais se sente com mais ou menos vontade, mas lembre-se, a vontade é uma decisão que depende unicamente de você. Existindo certamente para todos nós vários graus de vontade de acordo com as nossas prioridades, objectivos, gostos e necessidades, a vontade geral na vida depende da atitude e energia como enfrentamos a vida. A vontade é um aliado da boa disposição, positivismo e otimismo. Cultivá-la é uma virtude capacitadora.

Dica: E o melhor de tudo é que a força de vontade depende da sua vontade.

Abraço,

Miguel Lucas

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Comentários
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Sarah C. Ribeiro

Excelente artigo!
Tenho a tendência de protelar muitas coisas por fazer, o incrivel é que quanto mais importante algo é pra mim , parece que mais eu protelo-o. Essa atitude somada a outras vem me desgastado mentalmente, fazendo eu me sentir um fracasso.Já tinha me cosncientizado de que não tinha força de vontade nenhuma pra mudar. Mas este texto veio na hora certa, me senti motivada, e um peso saiu das minhas costas ao saber que eu tenho força de vontade, só preciso escolher exercita-la.

Um abraço ,
Sarah Ribeiro, Minas gerais-Brasil.

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Romano Queiroz, Vila do Conde, Portugal

É verdade Sarah, eu também me defronto com o mesmo problema: Tenho que ter força de vontade para deixar de fazer coisas que tenho feito e não devo, nem quero contibuar a fazer, e para fazer outras que devo fazer porque são boas para mim e para a sociedade em geral…

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Miguel Lucas

Olá Romano, obrigado pelo comentário.

Desejo-lhe força, convicção, persistência e uma boa dose de coragem para se manter fiel aos seus objetivos exigentes.

Abraço

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Angela Paes

Uma coisa parece-me bem nítida. Em cada década – melhor referir-se assim! – podemos afirmar com segurança que somos abatidos por crenças e ideias, digamos, “socializadas” – pensamentos que foram nos condicionando ao longo do tempo.
Vejamos,há inumeros artigos sobre motivação e mesmo sobre a necessidade de se adquirir habilidades “promissoras”, produtivas ou até mesmo facilitadoras do nosso cotidiano que funcionam como verdadeiros mandos (comandos), fórmulas afirmativas que incitam ação pura e simplesmente.
a realidade tem sido esta. Vejamos: Motivação? Força de vontade?
Ah! seja persistente!; tenha vontade e disciplina!; tenha objetivos!
É por aí que a modernidade recorrente tem funcionado.
O pior é que poucos exercem uma crítica construtiva.
Quero dizer que, em nome da motivação, em nome da força de vontade, por favor tenham x, y e z……isto é, COMPORTEM-SE! ATUEM DESSA MANEIRA!
Os conceitos foram abolidos daquilo que nós mesmos não conseguimos entender ou se aprofundar. É triste, não?!!!!
As reflexões conceituais – como tocar no âmago das coisas – a questão do conteúdo das coisas,enfim, as descobertas de ideias não prevalece principalmente no mundo das corporações.
Digo e repito que a motivação, a força de vontade, o desempenho de alta performance, etc e tal, não é uma questão de simplesmente QUERER. Porque não dá para querer se não se sabe como fazer, ou o que fazer para se chegar lá.
Outro ponto que merece comentário: não há uma relação direta entre querer fazer/ter energia de realização e a qualidade de um serviço prestado.
Obrigada,
Angela Paes!

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William

"QUERER" é o que acrescenta vida, sentido, significado a existencia.
É a chave que dá partida ao motor que rompe a inércia (Zona de Conforto) em busca de um destino (Objetivo).
Querer fazer (Vontade) tem uma relação direta com a qualidade da ação praticada!
Só sei… o que aprendi… porque um dia eu qis…

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Jussara Rocha.

Prefeito seu comentário. Esta falácia da "força de vontade" não leva em consideração as circunstâncias do sujeito. Imagine um aborígene em frente a um PC. Conseguirá ele com sua força de vontade se comunicar com seus parentes de sua aldeia sem que: 1 – tenha recebido treinamento adequado para manejar a máquina e 2 – que a outra pessoa para quem ele pretende enviar mensagens também tenha uma máquina e também saiba manejar!!
O que pode um menino que joga bola na frente de casa diante de um Cristiano Ronaldo!?

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Mateus S.

Disse tudo, Angela! Você falou o que eu já percebia e não sabia como dizer.

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Julia

Em relação a esse ultimo comentário não pude me conter em relatar minha própria experiência, que pode ser útil a outros. Para mim a força de vontade é o primeiro impulso, não é mágica, mas te faz fazer muitas coisas sim. Entrei na faculdade de Designer Gráfico e me identifiquei com alguma matérias e com outras eu simplesmente achava que nunca seria capaz de aprender….coloquei isso na cabeça durante algum tempo, depois percebi que precisava me esforçar e quando realmente quis…consegui grandes progressos…..

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Mateus S.

Júlia, sua experiência é útil, sim, a mim e a todos nós. Ela mostra que não se trata de "força de vontade", mas sim da percepção do que se passa. Você viu que tinha que aprender aquelas matérias, e criou em si mesma a vontade de aprendê-las.

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Guilherme

E quando você não tem nem vontade de ter força de vontade, sei que só depende de mim ter força de vontade mas nem isso me sinto animado a fazer….

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Isa

Ando muito desanimada, sei que tudo depende unicamente de mim,mas mesmo assim o dia passa e não faço nada para reverter o quadro. Cheguei a achar que estava doente pois sempre fui muito ativa e agora estou assim, quero fazer mas não tenho vontade.tenho peço de perder o controle e cair em depressão

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Sandra

Isa, só o fato de você perceber que está desanimada já faz crer que não estás deprimida. Pois quando se está em depressão, dificilmente se percebe. Outra coisa maravilhosa é você ter a coragem de expor isso tão publicamente. Eu já admiro você e a considero forte por isso. Talvez você simplesmente esteja precisando parar por um momento e se perguntar onde você quer chegar, o que realmente quer da vida. Não estou falando do que os outros, seus amigos, sua família, a sociedade espera de você, mas o que VOCÊ quer para você?! E daí seguir! A força que você demonstrou ter, ao expor seu desânimo aqui, já é a imensa vontade que existe dentro de você para alcançar o que quer que deseje!!! Use-a! E se cuide.

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Paula

Olá Romano,tenho um serio problema psicologico e odeio ele odeio muito mesmo e estou tentando acabar com isso mais nunca consigo fazer o suficiente,está me matando por dentro e toda vez que eu caio e pior,me me odeio por isso,eu simplismente não consigo é muito triste,o que posso fazer as vezes fico muito ansiosa por tentar e alguma coisa da errado,ai eu ja vou criando uma tristeza muito ruim…

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tonfy

Adorei o portagem.

Só queria deixar um recado sem longas ideologias, vejo que algumas pessoas mostram sinais de depressão, têm ou acreditam ter essa doença criada pela nossa falta de estima, ressalto uma coisa, a força de vontade e a ousadia de ir mais longe é tudo que precisamos ter para eliminar qualquer forma de fracasso, tudo é uma questão de tentar, de aprender quando não dar certo e tentar outra vez.
Só não dar pra ficar como outrora disse Raul, SENTADO EM UM TRONO DE APARTAMENTO COM A BOCA ESCANCARADA CHEIA DE DENTES ESPERANDO A MORTE CHEGAR, isso não, sabe por que? Por que depende de mim, depende de de você, depende de nós.
E se já temos dentes formados (forma de dizer que somos adultos, capazes) por que não devorar o mundo (explorar conhecimento ) e mastigar os problemas que nos confrontam?

Força de vontade.

Att.
tonfy

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ETEL

Muito bom este artigo!

Eu também tenho a tendência de protelar algumas coisas na minha vida, se são importantes então mais eu adio. Não tomo atitude, quanto mais penso mais me sinto desgastada mentalmente, Perco prazos, oportunidades depois me sinto uma fracassada. As vezes penso não tenho vontade de fazer e pronto. Me formei em Psicologia no ano de 2011 e durante o curso foi um desgaste tão grande que ao terminar eu me recusava a ler, isso porque eu amo Psicologia. E logo fiquei desempregada sem dinheiro para fazer a pós e cursos que me indicavam , mais desanimada fiquei.

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maria

Vc é um profissional incrivel, adorei o que vc escreveu me ajudou muito.

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ngela Paes

Bem, vamos falar de modo muito simples:
Você já percebeu quantas pessoas necessitam de fato realizar um regime alimentar e, muitas vezes, por mais que "queriam" e estejam conscientes dessa urgência, não conseguem dar seguimento, ou seja, não conseguem encontrar motivação?
Acho que posso afirmar que a maioria inicia esta meta, inclusive com grande força, mas acaba por interromper o tão sonhado e esperado regime. Simplesmente não aguentam, e isso por várias e várias razões.
Bem, temos que voltar nossa atenção para a natureza desse movimento, daquilo que chamamos de força de vontade.
Na Psicologia a origem provável dessa força não está claro. Dizem que é simplesmente "intrínseco", outros já se pautam por "instintos" e há aqueles que afirmam que a força de vontade precisa ser administrada por mandos (é preciso ter força de vontade; é urgente ter metas, etc). A confusão é enorme dentre os conceitos que circundam esse raro fenômeno. Ora, ora, esta última postura baseada em mandos é uma questão de esquemas de condicionamento e isso não tem nada a ver com a natureza da motivação. Há um enorme equívoco conceitual!
Motivação é uma ação persistente, contínua mesmo e que se caracteriza por ser autônoma, independente – isto é – ninguém precisa incitar, mandar ou reforçar.
Nem sempre a força de vontade é acompanhada de atos motivados, tente compreender isso…nem sempre!
Está aí o dilema de muitos psicólogos a pesquisar: romper as barreiras de tantos paradigmas já consolidados sobre esse tema fascinante. Assim funciona a Ciência. E, dentre muitos caminhos, a Ciência se desenvolve também por refutação. Não estamos lidando com dogmas, por isso, nada de criticar argumentos novos se consistentes. Muito pelo contrário, devemos ter grande apreço por indivíduos e profissionais sérios que nos fazem pensar.
Pensem sobre a origem desta energia da motivação ou, como queiram, "força de vontade", que muitas vezes é capaz de sustentar uma ação que se volta para um intento. E diga-se, o invivíduo uma vez motivado é capaz de persistir em sua conduta mesmo frente a fortes adversidades. Isto é motivação e é por isso que ela é tão preciosa para tantas Organizações.
Angela Paes!

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Alki

Oras, mas o que mais está sendo questionado nos comentários é justamente esse estímulo externo do "faça por você mesmo. A vontade tem que partir de você" ser cada vez mais automático. SIm, óbvio, essa é a parte que todo mundo sabe, que todo e qualquer tipo de ação em prol dos nossos objetivos tem que partir de nós mesmos. Acho que ninguém é iludido de pensar que coisas caem do céu sem esforço ou que alguém fará por nós o que nós devemos fazer. A questão toda é: como fazer pare que essa vontade volte à tona? Quais são os pensamentos que devem surgir para que eu sinta essa energia correr dentro de mim? Todos nós estamos dispostos a parar de nos sentir mal, porque ninguém gosta. Ninguém acorda num dia e pensa: "nossa, que dia legal pra me sentir desmotivado. Acho que vou tirar um tempo pra sofrer hoje que tá propício pra isso." O fato é que muitos se sentem numa piscina funda e tentam desesperadamente se agarrar a qualquer coisa que tem a sua volta para poder sobreviver e não acham nada que possa, pelo menos, fazê-los flutuar para poder pensar com calma como chegar na borda da piscina. Conto nos dedos quantos foram os que nadaram até mim para tentar me ajudar e mesmo assim, o maior trabalho quem faz somos nós porque cada um sabe como se sente e é uma coisa muito única e específica, não se deve comparar um sofrimento ao outro. Não tolero pessoas que gostam de dizer: "ah, mas fulano tem tão pouco e vive feliz, e você aí reclamando." Não acho que podemos falar pelos outros, afinal de contas, não sabemos se de fato essa pessoa vive feliz. Sei que fórmula mágica não existe, mas as pessoas em especial, os profissionais da área da saúde, poderiam contribuir de uma maneira mais objetiva para a reconstrução de um padrão de pensamento ou comportamento, que é o que nos leva tanto ao precipício quanto ao topo de uma montanha.
Abraços fraternos,
Alki.

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