O que são ataques de pânico? - Miguel Lucas
Terapias Psicológicas 22/09/2016

O que são ataques de pânico?

Miguel Lucas Publicado por Miguel Lucas

Se você está procurando uma maneira de lidar com o transtorno de ansiedade, provavelmente está também preocupado com os ataques de pânico. Você pode já ter experimentado este fenómeno extremamente desagradável ou pode apenas ter ouvido falar sobre isso, e pretende informar-se sobre o assunto. Para começar, devemos esclarecer exatamente o que é um ataque de pânico. De acordo com o Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais, a definição oficial é:

Um período discreto de intenso medo ou desconforto, em que alguns sintomas desenvolvem-se bastante abruptamente, atingindo um pico dentro de 10 minutos.

Para que um diagnóstico de ataque de pânico seja aplicável, você deve experimentar pelo menos quatro dos seguintes sintomas dentro do breve período de tempo em que o pânico surge:

  • Palpitações, batidas forte do coração, ou ritmo cardíaco acelerado
  • Transpiração excessiva e repentina
  • Tremor súbito ou agitação
  • Falta de ar ou sensação de sufocamento
  • Sensação de asfixia
  • Dores no peito ou desconfortos
  • Náusea ou desconforto abdominal
  • Tonturas, desequilíbrio, ou desmaios
  • Sentimentos repentinos de desrealização da despersonalização
  • Medo intenso de perder o controle ou enlouquecer
  • Medo avassalador de morrer
  • Sensações de dormência ou formigamento
  • Calafrios ou ondas de calor.

Soa-lhe familiar? Se assim for, há uma boa chance do seu transtorno de ansiedade ter sido alvo destes ataques de pânico. Pode ser que você tenha um transtorno de pânico.

Para diagnosticar-se um Transtorno de Pânico, as quatro situações seguinte devem ser observadas:

  • Você já deve ter experimentado recentemente ataques de pânico recorrentes e inesperados
  • Você desenvolveu intensas preocupações sobre ter mais ataques de pânico
  • Você realmente mudou significativamente o seu comportamento, temendo novos ataques
  • O Pânico não foi causado pelo abuso de drogas ou de outra condição médica

o que é um ataque de pânico

Ataques de ansiedade não existem

Se você passou algum tempo a navegar na Internet à procura de informações sobre ataques de pânico, provavelmente já encontrou artigos sobre “ataques de ansiedade”. Embora esta expressão seja muitas vezes usada como sinónimo de ataques de pânico, não faz muito sentido.

A ansiedade não ataca: ela pode persistir, angustiar, ofuscar, confundir, oprimir, afligir. Mas isso não surge de repente num período de 10 minutos. Os ataques de pânico sim.

Além disso, os ataques de pânico podem ocorrer em qualquer um dos tipos conhecidos de transtorno de ansiedade, mas não é um transtorno, por si só. De fato, há duas variantes documentados de Transtorno de Pânico (com e sem agorafobia), mas você não pode ter  Transtorno do Pânico e Transtorno de Ansiedade Generalizada, por exemplo: você ou tem um ou o outro, e dependendo do diagnóstico, o tratamento será diferente.

Para mais informações sobre os diferentes tipos de transtorno de ansiedade e seus respectivos sintomas de ansiedade, leia o artigo: Sofre de ansiedade? Perceba porquê

Os três subtipos de ataques de pânico

Nem todos os ataques de pânico são iguais, e compreender os seus subtipos é a chave para lidar com eles de forma eficaz e a longo prazo. Existem três subtipos de ataques de pânico, definidos pela relação entre o aparecimento do ataque e o que o desencadeou.

  • Ataques de pânico inesperados. Também conhecidos como “sem gatilhos”. Neste subtipo, o pânico parece vir do nada, sem motivo aparente ou de causalidade.
  • Ataques de Pânico ligados à situação. Também conhecido como “com gatilhos”. O pânico é desencadeado pela exposição ou antecipação de algo assustador, por exemplo, se você tem medo extremo de alturas e por alguma razão é forçado a estar perto de um ponto de observação muito alto, pode desencadear um ataque de pânico.
  • Ataques de Pânico predispostos pela situação. Este é semelhante ao subtipo anterior, sendo que nem sempre o gatilho faz disparar o pânico, por exemplo, você pode sentir medo intenso de andar de carro, mas isso nem sempre causa um ataque de pânico, só às vezes.

Acredite ou não, os ataques de pânico assustam mas não matam

Se você sentir que o pânico está tomando conta da sua vida, provavelmente está ficando mais agitado e com medo a cada dia que passa. Por favor, isso pode ser evitado e superado. Embora enfrentar os ataques de pânico seja, inegavelmente, um comportamento opressivo e aterrorizante, é apenas um momento no tempo e não tão grave quanto você imagina.

Há uma citação popular que descreve na perfeição a verdade por trás dos ataques de pânico:

“Não há nada a temer, a não ser o próprio medo”.

Pode parecer uma afirmação absurda, especialmente se você tiver tido um ataque de pânico, mas a verdade da questão é que a maioria das pessoas superam este problema, aprendendo a fazer “absolutamente nada“, na eminência de Pânico. Atenção, este “não fazer nada” requer uma sólida aprendizagem, preferencialmente ensinada por um terapeuta.

Você simplesmente não pode morrer de um ataque de pânico, não importa o quão intenso ele seja. No pior cenário (que é realmente muito raro) você fica significativamente mais fraco, no entanto, no melhor cenário, e desde que você consiga esperar que passe, os sintomas do pânico diminuirão drasticamente no espaço de alguns minutos, acabando simplesmente por desaparecer.

Leia o artigo, como lidar com um ataque de pânico para aprender mais detalhadamente como isso funciona.

Não sofra desnecessariamente com os seus ataques de pânico

Provavelmente você tem tentado a todo o custo resistir a esses sentimentos negativos e a essas sensações desagradáveis, à medida que se têm vindo a intensificar, ao pondo de julgar não aguentar mais, e um dia desvanecer?

Se já teve ataques de pânico, essa abordagem deve soar como algo que você não pode continuar a fazer. Mas não posso deixar de informá-lo de forma esperançosa. Lidar com os ataques de pânico não é algo que você tenha de suportar e superar sozinho.

Houve um progresso notável no tratamento psicoterapêutico dos ataques de pânico e transtorno do pânico, especialmente nos tratamentos com a Terapia Cognitivo-Comportamental. Um terapeuta (psicólogo ou psiquiatra) será capaz de ajudá-lo a superar esse problema com relativa facilidade, é só você procurar ajuda.

Pode ser-lhe difícil acreditar que o tratamento de algo tão ameaçador como os ataques de pânico pode possível de acontecer. Pode aprofundar esta eficácia, lendo o estudo de 2008 analisado por Shandley e outros, sobre o tratamento do Transtorno do Pânico. Os investigadores demonstraram que é possível tratar com sucesso os ataques de pânico sem necessidade de prescrever medicamentos.

Pode consultar o estudo em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2483919/

Mais impressionante ainda, neste estudo, os investigadores analisaram baseado na Internet, o tratamento Terapeutico assistido para o Transtorno do Pânico. As conclusões foram muito claras:

“As intervenções com base nas tecnologia disponibilizadas na Internet, representam um recurso potencialmente valioso para reduzir o fardo dos cuidados e os custos de gerenciamento dos distúrbios de saúde mental dentro de cuidados de saúde primários e, ao mesmo tempo, melhorar os resultados dos pacientes (…) Este estudo fornece evidências de que as intervenções baseadas nas tecnologias disponibilizadas na Internet (por email ou videconferência) são um complemento eficaz para os sistemas existentes de saúde mental.”

Cure os seus ataques de pânico sem medicamentos

Se os ataques de pânico têm retirado qualidade à sua vida e apesar de todos os esforços que tem vindo a realizar, não tem conseguido obter resultados positivos, pondere adquirir o meu livro que tem ajudado centenas de pessoas a deixar de sofrer e a recuperarem a sua qualidade de vida: Ataques de Pânico – Saiba como superar os seus medos.

Clique na imagem em baixo para adquirir o Livro:

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Abraço,

Miguel Lucas

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Comentários
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ricardo

Doutor parabéns e muito obrigado, vc é um anjo em minha vida que com seus ótimos artigos mim ajudão a superar meus problemas pessoais, uma vez que não disponho de condições financeiras para tal e procurar um tratamento psicologico publico esta fora de questão.

Que Deus te abençõe sempre e as pessoas que te rodeiam.

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Aylton Pozzi

Desejo parabeniza-los pela excelencia do material disponibilizado no site. Didático, objetivo, conciso e abrangente. Somente pela orientação inicial, já pude adquirir uma enorme reação positiva de controle sobre a TAG. Pela qualidade do material, podemos concluir a enorme competencia do profissional que num ato de altruismo e antes de alferir qualquer tipo de lucro, preocupa-se com o bem estar imediato, de quem tem a infelicidade de diagnosticar esta terrivel e traiçoeira doença. O mínimo que posso desejar a voce, seria que o nosso grande DEUS te abençoe grandemente pela sua imensa ajuda e bondade. Abraço do agora seu amigo e cliente do Brasil.

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vagner

Ótimo artigo, tenho convivido com ataques de ansiedades voltados pra vida financeira. Uma vez um médico diagnosticou que tinha uma doença herdada de meu pai, pois passei por um momento difícil tinha muito medo de tudo ruim que via por exemplo se via um mendigo achava que ia me tornar um e por aí vai. Tinha ataques frenéticos, boca seca, coração acelerado, formigamento nas mãos esquecimentos. Uma vez fiquei três dias sem conseguir comer por causa de desconforto no estômago. Parabéns pela iniciativa. Que DEUS continue te iluminando e que você consiga atingir seus objetivos. Maranata.

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aline

eu mim identifiquei com tudo isso,sofro bastante com esses ataque de pânico,e isso ta fazendo eu deixar de fazer coisas do cotidiano,por medo de passar vexame na rua na escola ou em qualquer lugar.por isso evito sair de casa

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Rodrigo Diego de Souza Pinho.

Cbá – MT, 14. 10. 2013. 2ª feira.
Bom dia Aline, sou Rodrigo.
Em 2005, entrei na universidade de Direito, comecei aí a ser perseguido por uma pessoa que mora comigo, porque este não suportava me ver crescer na vida (inveja).
Quando foi em 2008, após minha mãe ver que eu era muito quieto e não me defendia e obcecada em meu padastro, aceitou fazer a vontade dele, que era me pertubar. Depois de tudo o que eu tinha passado e sem nem mesmo dar atenção e alguém que eu considerava muito fazer isso comigo passei a ter crises de terror (nunca usei drogas e nunca coloquei álcool na boca, ou levei pancada na cabeça), isso dificultou me a estudar, começou a atrapalhar – me no serviço, fiquei esquivo e desacreditado das pessoas porque eu não sabia explicar o que comigo acontecia, mesmo assim me formei em direito em 2009. Abandonei serviço e desisti de uma pós graduação em processo civil. Pesquisei pela internet sobre o meu caso e o que se adeqüou foi a sindrome de pânico, porém como eu vi que lá era apenas por meio de remédios a cura, seria um fundamento falso para o meu padastro em quem com ele estava falar que fracassei apenas porque tinha problemas, sendo que eu sabia que era por perseguição deles que adoeci psicologicamente_ que não dá para ser visto fisicamente e tomografia não detecta nada, e não sendo doença de causa física remédio então não cura. Mas quando foi em 2010, admiti sim que tinha um problema, mas não sabia o que fazer, foi quando vi pelo site do psicólogo Benedito Bras Megale e Chris Allmeida. Foi com as técnicas deste último (vídeo do you tube) que curei em 2011 (foi muito esforço meu) e foram: Não gerar expectativas alheias (de que o outro vai mudar, você não controla o externo ao seu corpo); não querer agradar a tudo e a todos; não querer ser perfeito; não negar a sua própria natureza; não assumir os erros dos outros como se fossem seus; a auto repressão é igual a crise.
O sinal da cura foi que não tinha mais medo de nada. Porém um trauma fica em que você ainda tem que superar, isso só veio quando meu padastro e mãe passaram a me respeitar por causa de circurnstâncias de começarem a ficar mal vistos, pois esse daí foi o fato gerador da minha síndrome do pânico (a perseguição/desrespeito a minha pessoa).
Agora vi os artigos do psicólogo Dr. Miguel Lucas e também daqui da universidade contei toda a minha vida a uma psicóloga. Todos eles, muito inteligentes no assunto e que podem ajudar.
Hoje quero novamente estudar para dominar o assunto jurídico e quando for fazer um concurso público na certeza de que passarei.
Espero que tenha te ajudado, apesar das pessoas que tem esta doença do pânico terem reações diferentes, serem diferentes e terem algo em comum_ a doença do pânico em si.
Tudo de bom.
Rodrigo Pinho.

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Rodrigo Diego de Souza Pinho.

Cuiabá – MT, 14 de outubro de 2013. 2ª feira.
Ia me esquecendo Sra. Aline, foi me recomendado também a prática do esporte junto com os outros métodos mentais que descrevi no comentário anterior, que era para eu ter uma qualidade de vida melhor e me ajudar. Isso tanto por profissional, quanto por quem tem alguém na família que passou por isso. E lembro do meu desempenho positivo no esporte, no que pude também ser bom.
A diferença do psiquiatra, este passa remédio. Do psicólogo é que este cura com métodos sem receitar remédios e se você já toma remédios ele tira de você. Porque no caso da síndrome do pânico remédio não cura, porque é de causa psicológica e remédio só cura doenças de causas físicas.
Resumindo temos que a cura não é remédio, não é psicólogo, é você.
Já recomedei psicólogos para colegas e conhecidos, por causa da minha superação que foi eficiente. E quem usa remédios fica é viciado em química, podendo sendo o caso de lucrar apenas a indústria deste remédio e quem tem a síndrome do pânico ficar é pior isso sim.
Tudo de bom Sra Aline, superará isso independente do que seja o fato gerador da sua síndrome do pânico, que são diversos e que pode ficar por causa deste também um trauma que precisará ser superado e depois a Sra ficará mais forte.
Rodrigo Pinho.

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antonia

gente é incrivel tudo q sinto é muito ruim.estou me tratando com psiquiatra mas vou procurar um psicologo pode ser que eu fique boa obrigada rodrigo vc me ajudou muito um abrço

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marcelo barreto

excelente artigo… acho que esse é o mal do século… o ser humano perdeu o sentido da vida(se é que algum dia o teve)

não sabemos o que somos, nem pra onde vamos e muito menos o que viemos fazer aqui… isso gera ansiedade, depressão e medo!

na verdade, não sabemos nem a nossa história… acreditamos em mentira, olhamos pro céu em busca de um deus que não existe, seguimos uma palavra(bíblia) que é uma história montada…

essa é a grande doença da humanidade… vivemos numa inércia monstruosa que não veja nem uma saída… a cegueira é tão grande que não parece haver solução!

acho que precisamos nos livrar das religiões, da política e da mídia corrompida…

e o que fazer por nós mesmo pra nos livrar desse carma que nos é entregue assim que nascemos?

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antonia

vedade quando tenmos intender a ficamos doentes

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