Olhe a Depressão como ela é: paralisia da vontade! (Parte V)
Terapias Psicológicas 22/09/2016

Olhe a Depressão como ela é: paralisia da vontade! (Parte V)

Miguel Lucas Publicado por Miguel Lucas

Se você sofre de depressão ou conhece alguém que sofre, provavelmente sabe que quando as pessoas estão realmente deprimidas, elas têm um forte desejo de ficar na cama, de não ouvir ninguém, de não fazerem nada, como se existisse uma paralisia da vontade. A força de vontade para fazer o quer que seja fica “congelada”. Então é usual as pessoas deprimidas terem um forte impulso para ficarem durante períodos muito longos deitadas na cama. Isto acontece porque qualquer atividade ou tarefa torna-se uma provação dolorosa, mesmo coisas tão simples como tomar banho ou vestir-se são alvo de grande esforço. O quarto, e mais especificamente a cama são a localização na casa mais associado com a inatividade.

Mas porque razão uma pessoa aparentemente saudável fisicamente não consegue tirar o seu corpo da cama? Porque razão isso acontece?

depressão

A VONTADE PARALISA

A resposta intuitiva é que a falta de motivação é a responsável. As pessoas deprimidas estão sem rumo porque estão descomprometidas com os objetivos. Sem objetivos para dirigir o seu comportamento futuro, o comportamento presente torna-se congelado por longos períodos. A pessoa deixa de perspectivar soluções, pois pouco a pouco foi comprovando que as suas ações não surtiram o efeito desejado. Pouco a pouco a vontade vai-se esfumando, vai-se cristalizando. Na verdade a vontade não desaparece, mas paralisa.

A falta de motivação enquadra o problema até certa medida, mas não esclarece na totalidade. Temos de levantar a questão de como uma pessoa perde o desejo de perseguir ou atingir objetivos. A resposta envolve uma teoria surpreendente que nos leva mais perto de compreender como é que o humor diminuído intensifica os episódios de depressão.

O PAPEL DO HUMOR

Primeiro, temos de levar em consideração a psicologia evolutiva contemporânea, que nos diz que o humor tem uma função: O humor ajuda-nos a buscar objetivos de forma eficiente. O humor elevado, aumenta-nos os níveis de energia promovendo a busca vigorosa de recompensas. O humor baixo, transmite-nos a informação de que o nosso progresso em direção às metas é pobre.

Muitas vezes, o humor diminuído emerge quando nós enfrentamos um obstáculo, ou quando uma meta importante é ameaçada. Usualmente a  nossa primeira reação  ao baixo humor é  redobrar os esforços para ultrapassar o objetivo bloqueado.

Se o objetivo desejado for-se revelando como inacessível, o mau humor vai escalar. Usualmente a pessoa desiste, ou dá um passo atrás nos seus objetivos ou pode optar por mudar para uma outra atividade que possa vir a ter uma melhor recompensa. Num mundo onde o tempo, recursos e esforço  são um bem precioso e finito, possuirmos um mecanismo  que evoluiu para apressar a retirada de um objetivo falhado é muito importante para a sobrevivência e prosperidade.

Estas relações entre os estados de humor, objetivo, e esforço estão presente numa variedade de espécies. Um urso que tenta pescar salmão, se não estiver a ter sorte numa determinada zona do rio, pode usar o mau humor como um sinal para mudar para outro local. Para melhor ou pior, a auto-regulação nos seres humanos é mais complicada porque podemos optar por agir ou não agir de acordo com os nossos estados de humor.

BAIXO HUMOR E PARALISIA DA VONTADE

Eu acredito que os seres humanos são a única espécie que pode decidir ignorar o mau humor, e continuar a perseguição de uma meta dificilmente alcançável. Em certo sentido, isso cria um impasse entre a pessoa que quer continuar a perseguição e o seu sistema de humor antigo que de forma automática e por vezes inconscientemente lhe diz para parar (STOP).

Para levar a pessoa a parar, nesta fase, o sistema de humor deve fazer algo mais drástico: diminui o ímpeto motivacional face ao objetivo e igualmente face ao esforço necessário para alcançar o objetivo desejado.  Eventualmente, o resultado é a paralisação da vontade que pode conduzir a pessoa à depressão, com todas as consequências dai inerentes.

Portanto, este argumento realmente transforma a explicação da razão porque as pessoas com depressão têm uma forte tendência para a inatividade e consequentemente um forte impulso para fazerem da cama o seu local preferido. As pessoas deprimidas não optam estar deitadas na cama, porque elas estão simplesmente descomprometidas com os seus objetivos.

O verdadeiro problema é que as pessoas deprimidas estão altamente comprometidas e focadas, mas para um objetivo que repetidamente fracassa.

A ideia de que as pessoas deprimidas não conseguem descomprometer-se e desligar-se de uma meta que emergiu em consequência de um antigo programa de resposta ao seu humor diminuído, é uma teoria relativamente nova que não foi muito testada em estudos de investigação.

No entanto, a ideia vale bem a pena ser testada, porque se encaixa bem clinicamente com os tipos de situações que muitas vezes precipitam a depressão grave. A mulher espancada que não consegue deixar o seu casamento conturbado, o atleta gravemente ferido que não pode abandonar a sua carreira esportiva.

Acreditar que a superação da depressão é possível

Se tem vindo a sofrer com a depressão e apesar das tentativas de superação e de todos os esforços que tem vindo a realizar para melhorar, não tem conseguido resultados positivos, pondere adquirir o meu livro: Diga Não à Depressão – Programa Inovador para Superar a Depressão.

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Abraço,

Miguel Lucas

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